Quem sou eu

Minha foto
Este espaço é um lugar para agradecermos. Nasci numa família de origem humilde, no interior de Minas. Vim para Belo Horizonte, ainda muito bebê. Meus pais passaram muitas dificuldades, mas conseguiram criar bem os 6 seis filhos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Homenagem a Dani Couto

Dani Couto ao lado da amiga Naomi.




Hoje é um dia triste para muitas pessoas. Triste por que uma amiga, Daniela Couto, faleceu. QUERO AGRADECER A DEUS PORQUE ELA FEZ PARTE DE MINHA VIDA.



Quem é Dani Couto? Uma moça bonita, extrovertida, de uma belíssima voz, jornalista de qualidade que gostava de dançar. Eu a conheci na Prefeitura de Betim. Foi uma profissional e tanto. Mas, a vida lhe reservou uma provação. Dois anos depois, ela sofreu um acidente na Via Expressa: havia desmaiado no volante.

Foi quando ela descobriu que tinha um tumor no cérebro. Passou por uma cirurgia no Hospital Regional de Betim, fez várias sessões de quimioterapia. Mas era apenas o começo. Parecia que o pior havia passado. Mas seis meses depois, uma nova cirurgia, mais quimioterapia...

Dani Couto queria viver: ela gostava da vida, das pessoas ... Acima de tudo, ela teve o apoio de uma família maravilhosa: uma mãe que ficou ao lado dela em todos os momentos, uma irmã e a filha, e dois irmãos. Ela foi muito amada e, acredito, ela também amou muito!

Ela ainda veio a passar por uma nova cirurgia e mais quimioterapia. Nestes períodos, ela ficava inchada, mas nada disto a fazia desanimar. Queria viver.

Até que no ano passado, numa nova consulta, o médico viu que não dava para fazer uma nova cirurgia. De lá para cá, ela foi morrendo aos poucos ... Mas sem se entregar!

Sábado passado, dia 24, ela entrou em coma. Recebeu a extrema a unção, e veio a falecer na manhã de hoje.

Quero, aqui, me solidarizar com a mulher maravilhosa que é a mãe dela, os irmãos. Sei que estão sofrendo, e não posso mensurar! Mas, acho que nestes momentos, devemos AGRADECER: sim AGRADECER a oportunidade que Deus nos deu de tê-la conhecido. OBRIGADO SENHOR POR DANI COUTO.

Apesar deste blog ser apenas de agradecimento, hoje, vou PEDIR, também. QUERO PEDIR A DEUS QUE DÊ O CONFORTO À ESTA FAMÍLIA QUE ESTÁ SOFRENDO. QUE CADA UM DELES ENTENDA QUE DANI FOI UM ANJO QUE VEIO PARA UNIR AINDA MAIS ESTAS PESSOAS.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Madre Mestra: Irmã Cecília

Fiquei cinco anos no Convento da Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário: dos meus 15 aos 20 anos (de 1981 a 1085). Foi um tempo de muita alegria e felicidade. Mas não vou relatar minha estadia lá neste post. Neste, eu quero fazer uma homenagem a uma mulher incrível: a irmã Cecília Folegati. Uma mulher de garra, inteligente e, acima de tudo, uma mãe para nós noviças. Ela era dura, quando tinha de ser. Mas era uma verdadeira mestra, uma orientadora espiritual. Podíamos contar com ela sempre que precisava.

Hoje, quero AGRADECER A PASSAGEM DESTA MULHER, DESTA MÃE, DESTA IRMÃ, DESTA MESTRA ... em minha vida! Ela é responsável por muitos dos valores que cultivo, hoje, em minha vida.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Meus irmãos

Meus sobrinhos: Bárbara e Ítalo.

Hoje, quero falar um pouco dos meus irmãos: Geraldo, Wagner e Ricardo, Adriana e Andreia. De um modo geral, sempre fomos irmãos unidos. Quando criança, eu não brinquei com outras crianças, somente os meus irmãos. Duas eram as nossas brincadeiras favoritas: rouba bandeira e adedanha. Não erámos de crianças que brigavam.


Eu, sendo a segunda dos filhos, ganhei a responsabilidade de ajudar minha mãe com o restante dos filhos. Até o mais velho, Geraldo (Rezendinho) me obedecia. Aliás, até hoje tenho um pouco deste poder de "mandar" nos meus irmãos. Minha mãe saia e todos ficavam sob o meu poder.


Rezendinho, o mais velho, sempre foi muito tranquilo. Fez Ciências Contábeis e se casou com Rosivânia. Tem dois filhos: a Bárbara e o Italo. O Waguinho, eu já falei dele em outros posts. Era bagunceiro, não gostava de estudar e gostava bem de uma rua ... Imagine que quando minha mãe saia, o Waguinho pulava o muro para ir para a rua? Ele se casou há maisde 15 anos, mas no ano passado, ele e mulher (Arlinéia) resolveram se separar. Senti muito, pois gosto muito da Neia.

O Ricardo é o caçula e também foi o mais mimado. Eu, de certa forma, o criei até os dois anos e meio, quando entrei para o Convento. Até aquela data, eu era a mãe dele: dava mamadeira, alimentação, banho, brincava com ele... Ele me chamava de mãe. Depois que fui para o convento, minha mãe o mimou muito. Eu, de lá, dava balas, material para desenhar e colorir, etc. Hoje, ele está terminando o curso de Ciências Contábeis, tem uma lanchonete no bairro Betânia em Belo Horizonte, mas diz que quer ser jornalista. Vamos aguardar ...


A Adriana é a doidona, a mais parecida com a minha mãe. Quando criança era muito doente, magrela. A chamavamos de "esqueleto humano" Inteligentíssima, mas diz que cansou de estudar. Formou em tecnologo de Processamentos de Dados pela Newton Paiva, trabalha no Banco do Brasil. Casada com Júlio César, tem uma filha linda: Paola.


Andreia é a caçula das irmãs. Geniosa mas de um coração que parece ser do tamanho do mundo. Quando ficava com raiva de alguém: coitadO! Formada em Biologia pelo Isabela Hendrix, ela trabalha na cera inglesa. Casada com Eder, tem uma filhinha que é o mais belo bebê: Isabela.


HOJE QUERO AGRADECER PELOS MEUS IRMÃOS: REZENDINHO, WAGUINHO, ADRIANA, ANDREIA E RICARDO. QUE DEUS OS ABENÇÕE, HOJE E SEMPRE.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Minha mãe


Falei algumas vezes de minha mãe, mas ainda não havia feito um post exclusivo para ela. O nome dela é Maria Cândida (o mesmo de minha avó e bisavó). Uma mulher forte, decidida, vaidosa mas com um gênio ... Muito brava!


Quando eu era criança, ela gostava de se impor pelo medo. Imagine que chegou a me deixar de castigo dentro do banheiro? E o pior, me amarrou com as mãos para trás? Mas não pense que ela é malvada, carrasca.. Muito pelo contrário, sempre foi uma mãe amorosa que colocou os seis filhos sempre em primeiro lugar. A vida dela foi e continua sendo pela família, pelos seis filhos. Parece que até hoje não crescemos: Rezendinho tem 45, eu, 43, o Waguinho, 41, a Adriana, 39, a Andreia, 36, e o Ricardo, 31. Estes são os filhinhos da mamãe (rs).


Mas, ela me dá muito trabalho. Isto porque escuta todo mundo e acaba sendo negativa. No ano passado, há exatamente, um ano, ela teve um câncer no pé e teve que amputar um parte do pé. Mas, ela nos surpreendeu pelo modo como conduziu as coisas. Teve muita fé em Deus. Mas, sempre que alguém lhe diz algo negativo, acaba capitando com toda tranquilidade.


Semana passada, ela fez uma mamografia que detectou uma manchinha de menos de um milimetro. Ela já achou que está com câncer de mama. E com isto acaba dizendo coisas ruins. Eu tento colocá-la para cima, mas às vezes é dificil.


Em suma, minha mãe é uma mulher de virtudes e vicios incontestáveis. Mas, acho que o nome dela é AMOR.


Ela é de uma família de 12 irmãos (todos vivos). Era muito apegada com minha avó. Em 1972, quando Vó Quinha morreu aconteceu um fato muito interessante: minha vó morreu dormindo na casa que morrava nos arredores de Desterro de Entre Rios. Isto aconteceu por volta das duas horas da manhã. Aparentemente, naquele momento, ela não estava doente.


Exatamente, neste mesmo horário, alguém bateu na porta de minha casa três vezes com força. Meu pai e minha mãe levantararam, foram ao terreiro, até o portão e .. NÃO HAVIA NINGUÉM. Acreditamos que o espírito de minha vó avisou minha mãe de sua partida.


Bem, hoje meu agradecimento é para ESTA MULHER QUE É AO MESMO TEMPO TÃO HUMANA E TÃO SANTA! ELA VEIO AO MUNDO PARA MOSTRAR O DOM DE SER MÃE. E COM CERTEZA, PARA MIM É UMA ALEGRIA TER SAIDO DO VENTRE DELA. OBRIGADA MÃE!

Em outro post ainda voltarei a falar dela, pois ainda há muito o que contar.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Obama reacende a esperança

Meu agradecimento de hoje é simples. Ontem, o mundo viu reacender a chama da esperança na figura de um homem: o primeiro negro a tomar posse como presidente dos Estados Unidos. Em discurso, ele reafirmou seu compromisso de lutar pela justiça social no mundo.

Sei que ele terá um caminho árduo pela frente. Citar apenas dois: a crise financeira que assola o mundo em virtude da ganância humana e os conflitos entre povos, na verdade, símbolo da intolerância dos homens. Mas, ele representa a vontade de mudar, a esperança de que o mundo possa ser melhor. .. Representa uma nova era para o mundo.

Eu teria muito mais a dizer sobre este episódio, mas a pressa (inimiga da perfeição) me assola neste momento. Por isto, vou terminar hoje de uma forma diferente. Vou, ao mesmo tempo, agradecer e pedir. OBRIGADO POR ESTE MOMENTO DE ESPERANÇA, QUE NOS MOSTRA QUE, DE FATO, ELA MOVE O MUNDO. NÃO É DIFÍCIL ENTENDER QUE A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE. TAMBÉM QUERO PEDIR A DEUS QUE OBAMA NÃO DECEPCIONE O MUNDO. QUE ELE SEJA ESTE MENSAGEIRO QUE VAI MOSTRAR QUE OS HOMENS AINDA PODEM SER SALVOS DE SUA GANÂNCIA, DE SUA INTOLERÂNCIA, DE SUA DESUMANIDADE ...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Em busca da Paz (Conto)

Hoje, meu agradecimento será em forma de conto. Um conto que escrevi há mais de 20 anos.


Em Busca da Paz
Autora: Maria da Consolação Resende Guedes


- Que calor! Parece até que estou no deserto do Saara!

Mal-humorado e muito chateado. Era assim que se sentia Roberto. Um rapaz de 17 anos, bonito e elegante. Apesar destes predicativos, ele tinha um defeito: nunca estava satisfeito com nada. Sempre via e reconhecia nas coisas e pessoas, os seus pontos negativos. Todos e tudo nunca estavam bons. Sempre existia o “mas” ...


Era uma belíssima segunda-feira de verão. Um dia ensolarado, alegre e para muitos: divertido. Roberto, apesar de muito jovem e mal-humorado, era um rapaz responsável. Aliás, este sua principal virtude. Por ter uma grande força de vontade, ele conseguiu seu primeiro emprego, no banco. Sua posição social era de destaque. O pai era um engenheiro que trabalhava como autônomo. Não se importava e também não se preocupava com os filhos. Achava-se muito jovem e queria viver sua via sem ser incomodado com a presença ou até mesmo uma interferência dos dois filhos: Roberto e Renata.

Roberto parecia uma pessoa fria, mas tinha um coração sensível. Sofria muito por ser assim. Sabia que o pai dava-lhe dinheiro apenas para não se sentir culpado. Era uma forma de compensar o fato de não estar sendo pai. Por isso, era apenas um mantenedor dos filhos.
Aquela segunda-feira fora-lhe muito longa. Parecia não acabar. Ao chegar em casa, como sempre foi recebido por um sorriso nos lábios. Era Renata, a linda jovem de olhos azuis e boca sensual.

- Roberto! Que bom que você chegou!
- Hoje foi um dia penoso! Um calor! Fregueses xeretas! E ... muita preguiça.
- Deixe de reclamar. Será que você não perceber que é um rapaz privilegiado? Uma pessoa com muita sorte?
- Você está brincando! Será que está me achando com cara de otário?

Ele terminou esta frase com uma risada irônica, beirando o sarcasmo.
- Pense bem! Nós somos de uma classe média. Temos tudo o que queremos: uma casa linda, boas roupas, comida gostosa e farta ... Quantas pessoas dariam tudo para ter o que temos?
- Tudo!? Eu não quis isso! Eu não pedi para ser assim! Isso é felicidade? Para mim, não é!!!
- Você está sendo ingrato. Veja quantos rapazes da sua idade querem continuar os estudos e, por motivos financeiros, não podem. Pessoas que não podem nem sonhar. Você não! Já passou na faculdade e vai fazer o curso que quer, sem se preocupar com o dinheiro ... Você é um rapaz bonito, inteligente e ...
- Rico?! Que me interessa a riqueza? Que adianta ser rico e infeliz? Belíssimos predicativos para quem começa a viver. Tenho um pai que não liga para os filhos! Mamãe, antes de morrer, nos deu muito amor. Mas ... ela morreu! Riqueza e infelicidade parecem andar de mãos dadas. Eu odeio este tipo de vida!

Aqueles argumentos neutralizaram Renata. Nunca percebera que o irmão estivesse tão infeliz! Estivera tão preocupada em aproveitar a vida. Era rica, social e bonita.

- Desculpe meu irmão! Eu não sabia que você se sentia assim! Talvez você tenha razão!

Falando assim, abraçou o irmão com carinho.
- Você deve procurar a felicidade. Pode contar comigo.
- Obrigado, maninha! Eu sei que em todos os momentos difícies, posso contar com você. Vou tentar mudar e não ser tão chato!
Muitas eram as indagações de Roberto. Sua cabeça estava pesada diante de tantas dúvidas e perguntas. Saiu sem rumo. Até que algo lhe chamou a atenção. Era uma música linda e que irradia a paz. Sentiu-se bem ouvindo aquela canção:


“Você tem em comum com o sol, a vocação de nascer cada dia, como flor leve sempre alegria onde você viver. Você tem em comum com o verde, a vocação de levar esperança, você tem em comum com a criança a vocação de crescer.
Porque Deus reuniu em você, toda a beleza que existe na vida, abra os olhos porque a natureza lhe convida a ser mais você.
Você tem em comum com a montanha, a vocação de apontar para o alto, como asfalto você é chamado a ser estrada e unir. Você tem em comum com o rio, a vocação de ser mar infinito, e como estrela ver como é bonito em plena noite luzir.”

Roberto olhou procurando quem cantava tão bela canção. Seguiu a música e descobriu um velhinho acompanhado de dois jovens. O ancião aparentava uns 70 anos: cabelos brancos, rosto transfigurado pelo tempo. Compensado a figura acabada, um olhar sereno que transmitia muita paz. Era ele quem tocava violão.

Os dois rapazes eram diferentes: um negro, alto com bonitos dentes. Era muito simpático. O outro não era bonito, tinha o rosto da dor. Cabelos lisos, estatura mediana, quem olhava para ele sentia piedade sem saber por que.
- Desculpe, incomodá-los ...

Falou Roberto. Mas, a partir daí as palavras sumiram de sua mente. Ficou sem saber o que dizer. Com a habilidade de quem já vivera, o ancião sorriu e tomou a palavra:
- Meu filho!

Roberto sentiu um calafrio misturado com emoção ao ouvir aquelas palavras. Desde criança não ouvia alguém chamá-lo com tanto carinho. Olhou o ancião e viu duas nos olhos que lembraram sua mãe. Isso fazia algum tempo ...
- Não precisa ficou deslocado. Sinta-se como se fóssemos amigos há tempos. Se você quiser posso começar.

Roberto sentiu-se estranho e pensou que o senhor estava levando a conversa para a ironia. Mas o velhinho pareceu ter lido o que pensara...
- Não pense que é ironia de minha parte, filho! Mas é a experiência de vida. Meu nome é Ângelo e estes jovens são: Paulo e Martino.

Depois dos cumprimentos, Roberto contou o sentiu ao ouvir a música. E ficou estupefato quando Martino e Paulo afirmaram que lhes acontecera a mesma coisa. Paulo completou:
- Hoje sou feliz, mas isto só aconteceu depois que conheci o vovô Ângelo.

O ancião interrompeu Paulo e disse:
- Roberto, vejo que estás com a cabeça cheia de perguntas. Não se deixe levar por coisas banais. Você é jovem, mas tem uma coisa que precisa descobrir: a paz está dentro de você.
- Dentro de mim? Como? Sempre a procurei e nunca a encontrei.
- Olha, você precisa prensar! Disse vovô Ângelo. Vá para a casa, leve a letra da música (entregou-lhe uma cópia) e medite sobre o que vou dizer: “EU SOU O TERCEIRO”.
- Está bem! Encontramos-nos novamente aqui no próximo domingo.
- Estarei aqui!

Vovô Ângelo, então, pegou as mãos de Roberto e beijou-as. Roberto assustou-se com este ato. Mas, ele explicou:
- Isto que estou fazendo é para demonstrar o respeito que sinto pelos jovens, aliás, por todas as pessoas!

Dito isto, se virou e desapareceu na escuridão. Roberto ficou inerte, até que uma buzina trouxe-o à realidade. Era Renata.
- Roberto! Roberto! Eu estava preocupada com você. Saiu sem avisar...

Renata percebeu que o irmão estava diferente: tranqüilo, calmo...
- Você está diferente! O que aconteceu?

Roberto saiu dali ao lado da irmã e contou-lhe tudo que acontecera. A semana que começara péssima, terminaria de outra forma. O constante mal-humor de Roberto desaparecera. Ficou meditando sobre o que dissera Ângelo: EU SOU O TERCEIRO. Todos, que conviviam com ele, perceberam a mudança. A cada dia da semana que se passava, aumentava a ansiedade de Roberto. Queria que chegasse logo o domingo. Renata compartilhava cada instante com o irmão.

- Sabe Roberto, hoje percebi que letra desta música nos faz sentirmos únicos. Eu posso tomar seu lugar no banco, mas nunca serei você. Sabe, acredito que só seremos felizes se colocarmos em prática tudo o que Deus nos deu.
- Engraçado, eu acho que nunca acreditei em Deus. Mas... agora ... Sinto-O tão perto de mim!
Assim falando, Roberto elevou os olhos aos céus e fez uma prece:
- Deus, acho que agora estou Te conhecendo. Sempre fugir de Você. Mas Você quis me esperar em uma esquina da vida. Não sou um bom decifrador de charadas, mas acho que descobri o sentido de EU SOU O TERCEIRO. Para sermos felizes, precisamos lembrar sempre de, em primeiro lugar, VOCÊ, pois nos criastes e nos dá tudo o que precisamos. Em segundo, nosso PRÓXIMO, pois somos irmãos e, somente, em terceiro, em NÓS.

Os dois irmãos se abraçaram emocionados e prontos para encontrar o responsável por uma belíssima mudança nas suas vidas. Antes de irem ao encontro de Ângelo, eles passaram em uma igreja e a leitura bíblica falava do filho pródigo, que deixara a casa do pai, levando sua parte na herança. Depois de tudo gastar, ele voltou para casa e, acreditando na misericórdia do pai, suplicou por perdão e propôs ser um escravo da família.

Além da linda leitura da Bíblia, Roberto pode ver que o vovô Ângelo era o padre daquela igreja. O padre, então, disse:
- Caros, irmãos em Cristo, hoje temos a visita de um jovem que conheci no início da semana e que já tenho como filho: Roberto.
Assim falando lançou um olhar penetrante a Roberto. Naquele dia, sua prática fora falar do amor de Deus aos filhos. Ao final da celebração, Roberto procurou o padre para agradecer:
- Vovô Ângelo o senhor me fez renascer para a vida. Agora sei que a paz está dentro de mim e que preciso semeá-la entre as pessoas ... Estou muito feliz!

Os três saíram da igreja. Roberto, então, gritou:
- Cuidado!

Dizendo isto se jogou na frente de um carro que vinha em alta velocidade. Foi atropelado pelo carro que não parou. Mas, um menino de 12 anos estava salvo.
- Ele arriscou a vida para me salvar! Disse.

Renata correu para junto do irmão. Colocou a cabeça ensanguentada dele sobre o colo. Tinha vontade de chorar. Roberto disse:
- Maninha! Estou muito feliz!

Falando baixinho disse ofegante:
- Diga ao ... papai ... que ... o amo ... Eu ... consegui ... eu ... so ... sou ... o ... ter ... cei ... ro.

Falando assim adormeceu para o mundo. Ouvi-se a sirene de uma ambulância. Vovô Ângelo disse:
- Ele encontrou a paz definitiva!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Lembranças

Legenda (da esquerda para a direita): meu irmão Wagner, eu, minha irmã Adriana e meu irmão mais velho, Rezendinho.


Fui uma criança muito tímida. Não tinha amiguinhos, conversava com as galinhas, como disse anteriormente.Tinha muito medo da minha mãe e do meu pai. Tenho algumas lembranças da primeira infância:


  • Primeiro: eu devia ter de dois a três anos, quando meu irmão Waguinho (ainda bebê) escapuliu e atravessou a rua sozinho. Minha mãe ficou desesperada. OBRIGADA POR NÃO TER ACONTECIDO NADA COM O MEU IRMÃO.

  • Outra vez, ainda nesta mesma época, estamos viajando para a terra de minha mãe, Desterro de Entre Rios. Estávamos no centro de Belo Horizonte, na Rua Tupis, quando o mesmo irmão (ele era mesmo bagunceiro) desapareceu. Minha mãe, nervosa, acabou me dando um beliscão. Logo a seguir, meu pai ouviu de um senhor que tinha um menino logo à frente com uma laranja na mão. OBRIGADA SENHOR POR MEUS PAIS TEREM ENCONTRADO O MEU IRMÃO.

  • Em outra ocasião, eu me senti injustiçada pela minha mãe por causa deste meu irmão. Ele quebrou uma planta da minha mãe. Ele perguntou quem havia feito isto, ele falou que era eu. Sem me poder me defender, apanhei bastante. Só depois minha mãe descobriu que não havia sido eu, então, ela bateu (pouco) no meu irmão. OBRIGADA POR TER APRENDIDO NAQUELE MOMENTO QUE HAVIAM INJUSTIÇAS NO MUNDO.

  • Numa outra vez, no Natal, ganhei uma boneca de louça (apesar dos meus pais não terem dinheiro). Naquele mesmo dia, eu a deixei cair e ela quebrou. Chorei muito! OBRIGADO POR TER DESCOBERTO CEDO QUE O VALOR DO NATAL NÃO É MERCANTILISTA, MAS ESPIRITUAL...

  • Em outro Natal, meu pai permitiu que eu experimentasse o sabor do vinho: foi um dedinho. Isto foi o suficiente para me fazer dormir. Dormi debaixo da cama. Meus pais sentiram a minha falta e me procuraram em vários lugares. Só depois me viram dormindo debaixo da cama. OBRIGADO POR TER TIDO PAIS PREOCUPADOS COM OS FILHOS!

Em outro dia, conto mais lembranças de criança ...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Meu segundo filho

Hoje é o dia do aniversário do meu segundo filho: Matheus. Ele está completando 10 anos de idade. Ele foi uma criança muito desejada, apesar de ter nascido em uma época conturbada da minha vida (em termos financeiros). Eu e meu marido queríamos muito o segundo filho. Tive uma gravidez muito tranquila, tendo engordado apenas 9 quilos.

O parto teve que ser cesariana, pois minha placenta havia envelhecido. O médico que fez o parto foi o mesmo. Ele nasceu às 9h15, na Maternidade Santa Fé, pesando 3kg 370. Novamente, era branquinho e muito parecido com o primeiro filho. Foi uma alegria muito grande.

Mas, como ele era menor do que o Lucas, achei-o tão desprotegido. Ele também sempre golfava muito: mamava e golfava. Algumas vezes, chegava a ficar um pouco desfalecido. Tive muito medo.

O nascimento do Matheus provocou ciúmes em Lucas, apesar dele ter escolhido o nome e pedido para que eu tivesse mais um filho. Com o passar dos anos, o ciúme foi aumentando e os dois brigam muito.

Mas, independente de qualquer coisa, o nascimento do Matheus também foi um momento mágico. Quando se tem o primeiro filho, a gente fica pensando se vai gostar tanto do segundo quanto do primeiro. E quando nasce, a gente vê que o coração de mãe tem lugar para todos os filhos, sejam quanto forem.

HOJE, EU AGRADEÇO PELO MEU SEGUNDO FILHO, MATHEUS: MEU ANJO BARROCO!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O exemplo dos meus pais

Meus pais - Nóe e Maria Cândida (Ninica) - são mesmo duas pessoas especiais. Meu pai é o filho mais velho de seis. Passou a infância numa roça, em Rios dos Bois, município de Passa Tempo. Quando ele tinha 11 anos e a família se preparava para mudar para a cidade e, assim, permitisse que os filhos estudassem, minha avó (Waldemira Cândida) morreu, em virtude de uma complicação de parto. Com ela morreu também o sonho de estudar em uma escola formal.

Sempre esforçado e muito inteligente, meu pai conseguia sugar tudo o que podia dos professores de roça. Depois de casado com a minha, ele resolveu participar do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização). Ele deveria ir às aulas todos os dias, mas nunca conseguia e, por isso, sempre ia somente às sextas. Neste dia, os alunos faziam prova da disciplina apresentada e meu pai tirava só 9 ou 10.

Isto foi para mim um grande exemplo: afinal ver meu pai com notas altíssimas foi um grande incentivo para mim.

Já minha mãe não gostava muito de estudar mas sempre acreditou que somente o estudo poderia mudar a vida dos seis filhos. Por isto, ela batalhou para que todos nós pudéssemos conquistar um posto melhor na vida.

OBRIGADO POR MEUS PAIS, QUE ME DERAM O EXEMPLO DO AMOR DA COMPREENSÃO!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Temos muito a agradecer

É maravilhoso senhor,
Ter braços perfeitos,
Quanto a tantos multilados!
Meus olhos perfeitos
Quanto a tantos sem Luz,
Minha voz que canta,
Quanto tantas emudeceram!
Minhas mãos que trabalham,
Quanto a tantas mendigam!
É maravilhoso voltar pra casa,
Quanto tantos não têm para onde ir!
São maravilhos: Amar; viver; sorrir; sonhar.
Quando a tantos que choram, odeiam, revoltam-se em pesadelos.
Morrem antes de nascer.
É maravilhoso ter um Deus para crer,
Quando a tantos que não têm o consolo de uma crença.
É maravilhoso senhor, sobretudo.
Ter tão pouco a pedir,
E TANTO A AGRADECER.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sem dinheiro para comprar o caderno

Meus pais criaram os seis filhos com muita dificuldade. Lembro-me bem de um fato que aconteceu quando eu cursava a 2ª série primária. Minha mãe comprava os cadernos e lápis no início do ano. E durante o ano, ela não tinha dinheiro para abastecer os filhos.

Naquele ano, meu caderno sem pauta acabou. Sem dinheiro para comprar outro, minha mãe fazia o que podia. Então, ela pegou papel de pão - aquele cinza, grosseira. Depois, costurou as folhas na máquina de costura e me deu como cavalo.

Hoje, quero agradecer esta oportunidade de VALORIZAR O SER E NÃO O TER.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Minha ida para o Convento

Desde pequena (não sei precisar a partir de quando) eu dizia que seria irmã de caridade, aliás, eu falava irmã de "qualidade". Todos os adultos achavam o máximo me ouvir falando errado. Então, sempre me pediam para eu repetir. Eu repetia, prontamente, pois fui uma criança obediente. Com este ritual, todos sabiam que eu seria freira: meus vizinhos, meus parentes, meus colegas de aula. E eu levei isto muito a sério. Quando fui para a escola, aos sete anos de idade, continuei dizendo, agora corretamente, que seria irmã de caridade.

Eu levei isto tão a sério, que eu não vestia calça comprida, não cortava o cabelo (naquela época, anos 70, as moças e senhoras usavam cabelos curtos). Cheguei ao cúmulo de não querer fazer educação física (achava indecente mostrar o short, por isto usava um saião). Eu sempre fui uma excelente aluna, sempre a primeira da turma em todos as disciplinas, com exceção de educação física. Pedia minha mãe para justificar minha ausência, ia e ficava dentro do banheiro... Até que um belo dia, eu já estava na oitava série, e a professora, coincidentemente com o mesmo nome meu, Dona Consolação me mandou fazer uma cambalhota. Eu não quis. Ela acabou, literalmente, comigo. Disse que se eu queria ser freira mesmo, tinha que desapegar das minhas idéias. Que as freiras tem que ser modernas, etc.

Aliado a minha vontade de ser freira, as pessoas mexiam comigo dizendo que quando eu encontrasse aquele "Pão" (homem bonito e sedutor) eu desistiria. Mas minha mãe sempre completava: "Só se ela for boba: trocar o céu pelo inferno?"

Eu terminei a 8ª série, quando decidi entrar para o convento. Eu nunca saia de casa, mas minha mãe não quis ajudar minha procura, então, chamei uma vizinha que foi comigo ao Monte Calvário e, então, ficou decido que eu entraria em fevereiro, depois da ida do bispo de Niterói, o ex- pároco de meu bairro, Dom Paulo Lopes de Faria. Eu fui numa caravana levá-lo a Niterói. E como futura freira, não entrei no mar. Andei a beira-mar com vestido. Foi uma viagem interessante, a primeira para outro estado que eu fazia.

Ao voltar, entrei para o convento. No dia da minha entrada, minha mãe não quis me acompanhar e novamente a vizinha Neusa me levou. Meu pai apenas perguntou:
É ISTO MESMO QUE VOCÊ QUER? Eu falei que sim. Então, ele respondeu: ENTÃO, VOCÊ TEM A MINHA BÊNÇÃO!

Eu entrei e os 15 primeiros dias foram dificílimos. Era a primeira vez que eu saia de casa. Perdi a noção do tempo: eu não sabia que dia era. Descobri (pasmem) que minha mãe me amava. Ela ligava e chorava a minha falta. A madre mestra permitiu que eu a visse toda semana (eram permitidas duas vezes ao mês). Depois de 15 dias, ao participar do retiro mensal, eu comecei a gostar muito dali: acredito que a liberdade que eu tinha lá, era maior do que a que eu tinha em minha casa. Minha estadia no convento é uma outra história que será contada em um outro dia.

QUERO AGRADECER AQUELES MOMENTOS MÁGICOS DA MINHA BUSCA PELO CONVENTO E DA MINHA ENTRADA. AGRADECER A VIZINHA NEUSA (QUE DEUS A ABENÇÕE) E A IRMÃ QUE ME RECEBEU, A ITALIANA BERARDINA, AO MEU PAI QUE MOSTROU DIGNIDADE E RESPEITOU A MINHA VONTADE E A MINHA MÃE QUE DEMONSTROU O AMOR QUE TINHA POR MIM.

Todos estes momentos, lembro com minha felicidade, amor e GRATIDÃO.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Prece de Ação de Graças

Graças, Senhor!...
Pela graça da vida e da ressurreição!
Graças pelo corpo que nos deste,Pelo ar que respiramos, pelo chão que pisamos,
Pelo céu que nos cobre!
Graças pelo corpo espiritual que há de vir
Pela ressurreição em Cristo e pela herança do Reino!
É maravilhoso, Senhor, que a Vida
Não se limite ao corpo material.
É maravilhoso que os mutilados e os cegos,
Os mudos e os paralíticos,
Os que não gozam de bênção no lar
E os que se arrastam na mendicância,
Possam esperar de ti a compensação
Das suas aflições!
É maravilhoso saber que os que choram
Serão consolados,
Os humildes serão exaltados
No milagre de tua misericórdia!
É maravilhoso, Senhor, podermos ter a certeza
Da recompensa futura na Vida Eterna,
Sabermos que as coisas efêmeras não têm comparação
Com a bênção que virá após os nossos sofrimentos!
Graças, Senhor, pela paz dos povos
Que se abrirá sobre o mundo em pétalas de luz
Depois das aflições, das lutas e das guerras!
Graças, Senhor, pela graça da fé
Que nos reconcilia com a tua justiça
E nos permite a graça de te agradecer!

AGRADECER, POR QUÊ?

“Senhor, tu me sondas e me conheces, de longe vês meus pensamentos e cuidas de todos os meus caminhos... Tu plasmaste meus rins, teceste-me no seio de minha mãe. GRAÇAS TE DOU, porque fui feito tão maravilhosamente” (Salmo 139).

Sim, é natural sermos gratos pelas coisas boas, pelo sucesso, pelos dotes e, sobretudo, porque temos consciência de que somos criaturas e que nossa vida e a dos irmãos é um “DOM”. Somos, antes de tudo, “criaturas” feitas com o grande coração do Pai Criador.

Toda a Bíblia está repleta de textos onde se enfoca a “Ação de graças e o louvor”. Em nossa vida também são inúmeras as situações que nos motivam a agradecer, não só a Deus, mas aos irmãos que nos sustentam nas dificuldades e nos acompanham nas alegrias e vitórias.

Na verdade, dependemos uns dos outros por mais que queiramos ser independentes. O alimento que nos sustenta, por exemplo, é fruto de união e responsabilidade de muitas pessoas até que chegue à nossa mesa.

Alguém preparou a terra, outro semeou, Deus regou, alguém colheu e muitas mãos o processaram até poder ser alimento para o nosso corpo. É tão nobre agradecer o pão de cada dia e recebê-lo como uma bênção.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Minhas amigas: as galinhas


Minha mãe sempre foi uma mulher brava. Não gostava que os filhos fossem brincar na rua. Eu sou a segunda filha, dos seis. Eu fui uma criança muito tímida, que adorava cantar, olhar para o céu e pensar nos bichos que se formavam... Não tive amizades com crianças vizinhas, somente coleguinhas. Meus primeiros amigos foram ... adivinhem? As galinhas! (rs)


Eu passava horas dentro do galinheiro, que tinha em minha casa, conversando com as galinhas. Este foi o meu primeiro aprendizado sobre a amizade. Elas subiam no meu colo, eram minhas amigas.


Certa vez, um amigo do meu pai falou que as galinhas tinham dente e ao chegar na casa de um tio no Rio dos Bois, lugarejo da cidade de PassaTempo, eu quis ver as galinhas de dente. Todos riram de mim. Mas não fiquei triste com a situação, afinal, eu fui muito inocente mesmo! O problema lá em casa era a hora de matar as galinhas. Eu não deixava, elas eram minhas amigas e minha mãe respeitou isto!


Hoje eu quero AGRADECER POR ESTA OPORTUNIDADE DE APRENDER A IMPORTÂNCIA DA AMIZADE E TAMBÉM O RESPEITO QUE MINHA MÃE TEVE. OBRIGADO!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Um momento difícil


No dia 28 de dezembro de 2005, aconteceu um fato gravíssimo em minha família. Meu pai sempre foi um homem prá lá de especial. Do tipo que não fica parado: estava sempre trabalhando e sempre foi um bom pai e um ótimo marido para minha mãe. Trabalhou a vida inteira na construção: primeiro como pedreiro e depois como mestre de obras. Até aquele momento nunca tivera um acidente sequer.


Mas, naquele dia, ele foi consertar a telha da cozinha da casa de minha mãe. Quando (não sabemos como), a telha quebrou e ele caiu de um altura de 3 metros. Bateu a cabeça e teve dois traumatismos cranianos. Minha mãe desesperou. Uma vizinha chamou uma ambulância e ele foi levado para o Pronto Socorro João XXIII. O estado era gravíssimo, ele entrou em coma.


Eu estava grávida de seis meses da minha filha Mariana e encontrava-me na casa da minha sogra, na cidade de Aracitaba, na Zona da Mata mineira. Minha cunhada, que eu amo de paixão, a Néia, foi quem me ligou. Falou que não era para eu me preocupar, mas que meu pai havia caido. Só que quando ela falou que ele estava no CTI, me desesperei. Mas, aos poucos fui me acalmando e resolvi voltar a Belo Horizonte e ficar com a minha mãe.


Foi o que fiz. Foram dias difícieis, pois ele não dava sinal de melhoras. Até que um milagre aconteceu: minha irmã caçula ia todos os dias do Hospital da Previdência, para onde o transferimos, sempre na parte da manhã para saber notícias dele. Naquele dia de janeiro (não lembro o certo qual), minha mãe saiu para tomar uma injerção (ela estava com muitas dores na coluna) e eu fiquei ouvindo o programa do Padre Marcelo Rossi, pela rádio Globo. Na hora da oração, ele falou "uma família que tem o pai no CTI vai ter uma boa notícia hoje pela manhã ainda, o pai vai sair do CTI".


Logo depois minha tia Terezinha ligou e falou o seguinte: O Noé vai sair do CTI hoje. Eu estava ouvindo o padre Marcelo, juntamente com o Chico (meu tio - irmão da minha mãe), que não acredita no padre Marcelo. Na hora que o padre falou que alguém iria sair do CTI, meu tio descrente, arrepiou todinho e falou para minha tia. "É o Noé. Hoje, ele vai sair do CTI".


Quarenta minutos depois, chega minha irmã, que estava esquisita. E ela disse: "tenho uma boa notícia (do jeito que o padre Marcelo falara) - o pai acabou de sair do CTI.


A partir daí, as coisas foram se acertando. Meu pai saiu do CTI, mas tinha que ficar amarrado, pois tirava a sonda e o soro. Dez dias depois, ele estava em casa.


Por esta história, quero agradecer pelo meu pai e pela saúde dele. OBRIGADO PELA RECUPERAÇÃO DESTE HOMEM, QUE SEI É UM HOMEM DE DEUS, pois ele conseguiu faze com que um grande grupo de pessoas diferentes - católicos, evangélicos, amigos, conhecidos, familiares, dentre outros - se unissem em oração pela recuperação dele. Uma pessoa amada e acima de qualquer suspeita. É PRECISO AGRADECER TER O PRIVILÉGIO DE SER FILHA DO NÓE.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Meu nascimento

Nasci no dia 11 de maio de 1965, na cidade Desterro de Entre Rios de Minas, às 05h15. Minha mãe conta que teve uma gravidez difícil e, por isto, fez uma promessa a Nossa Senhora da Consolação. Se tudo corresse bem durante o parto (parto para ela era sinônimo de morte), ela colocaria o nome de sua primeira filha de Consolação. Foi o que aconteceu.

Quando fiz 11 meses, meus pais se mudaram para Belo Horizonte. Foram tempos difícieis. Minha mãe conta que não tinha dinheiro para comprar leite, pois meu pai veio com a fé e a coragem. Nesta época, minha mãe já esperava meu irmão, Wagner, que nasceu quando eu fiz 1 ano e 5 meses. Era meio litro de leite tipo C dividido entre três crianças pequenas.

Quando meu pai arrumou seu primeiro e quase único emprego (ele trabalhou em apenas 3 locais), mudamos para o Bairro Novo das Indústrias. Neste dia, lembro-me que o vidro da porta do guarda-roupa quebrou. Mudamos para um barraco, onde as portas e janelas ainda não tinham vidro.

Quero agradecer pela felicidade de ter nascido numa família com pais maravilhosos como os meus: batalhadores e preocupados com o futuro dos seis filhos. OBRIGADO POR MEUS PAIS E PELO DOM DA VIDA!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Por Ana Clara

O bebê de um ano e nove meses que se perdeu na floresta Amazônica e, depois de quatro dias, foi encontrada com vida, é o meu motivo de agradecimento de hoje. Estamos vivendo os horrores da guerra urbana que está acontecendo entre Israel e o Ramás, na Faixa de Gaza, uma notícia pra emocionar neste dia. Fiquei muito emocionada em saber que a menina foi protegida. São coisas que não temos explicações.

Por isto, HOJE QUERO AGRADECER PELA VIDA DESTE BEBÊ: ANA CLARA. Ela, com certeza, é uma criança especial.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Lucas: o meu primogênito

Este é o meu primeiro filho: Lucas. No dia 28 de dezembro, ele completou 14 anos. Está um rapazinho. Imagine, a alegria que foi dar a luz ao meu primeiro filho! O parto foi cesariana, pois ele não entrou no canal. Cheguei a ter 8 de dilatação. Dr. Wailton, o médico que fez o parto, disse depois de esperar por quase quatro horas: "Não tem jeito". Perguntei, então: "O significa doutor?" Ele respondeu: "Teremos que fazer a cirurgia". Neste momento, a minha ficha caiu. Até aquele momento, não pensei que pudesse passar por uma cesárea.

Mas valeu a pena! Às 01h15 ele nasceu. Dr. Wailton falou: "É um meninão, bonito e dos olhos claros". Lucas nasceu com 3kg750 e 51 cm. Hoje, o meu agradecimento é pela vida do meu primeiro filho. Obrigada, DEUS, por este momento tão especial! Até hoje, 14 anos depois, ainda me sinto emocionada com aquele momento supremo, onde uma nova vida vem ao mundo.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Obrigado por existir!

Quero começar meus agradecimentos pela VIDA. Estou viva, tenho saúde e posso agradecer. A cada dia vou agradecer um momento especial de minha vida. São tantos! Não vou, necessariamente, obedecer uma ordem.